Podemos ajudar?
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Setembro Amarelo – vamos conversar?

O mês de Setembro é o momento anual onde ocorre a Campanha Nacional de Combate ao Suicídio. É um ciclo onde se incentiva a conversa e debate sobre o assunto, devido o fato de ainda ser considerado, por muitos, um tabu. É uma campanha que é apenas simbólica, pois essa pauta deve ser discutida mais, ao longo do ano, devido a relevância na comunidade jovem brasileira e mundial.

De quem estamos falando?

Para falar sobre, devemos entender sobre quem é esta persona do nosso debate. Quem pensa em se suicidar está, com absoluta certeza, passando por uma grande dor psicológica e que não vê uma escapatória desse sofrimento. Principalmente adolescentes, parte da população mais abrangente nesse assunto, passam por muitas pressões que incitam essa agonia.

Problemas como o Bullying na escola, pressão familiar sobre o futuro, dificuldades com os estudos e o medo de não atender as expectativas das pessoas próximas são gatilhos que pesam a mente. Por conseguinte, a compreensão de todos para com quem possa estar sobrecarregado mentalmente é fundamental para aliviar essa dor.

E o adulto?

O adulto pode tender, sim, ao suicídio também. Contudo, é diferente. Enquanto seres sociais pensantes e lógicos, o que nos prende ao mundo são os nossos propósitos e objetivos. No caso do adulto, ele tem esses básicos e bem definidos como, por exemplo, cuidar da família, sustentar essa e a si mesmo, procura o crescimento profissional e etc. Já o jovem, por estar se desenvolvendo e procurando esses motivos, acaba por não ficar tão afeito ao que tange os propósitos de vida.

Como dito, adultos podem ter a dor psicológica. A perda das motivações (citadas acima) pode agravar a mente e gerar essa dor e vontade de livrar-se dela.

Abra os braços para quem precisa

Não existe uma maneira fácil de abordar esse assunto com quem precisa. O fundamental é ouvir, sem julgamentos ou preconceitos. É um momento de extrema sensibilidade e que, quem está a ouvir, precisa de muito tato.

A casa de psicólogos Eurekka, em Porto Alegre, aborda os temas de depressão, ansiedade e o próprio suicídio nas redes sociais (Facebook e Instagram, em ambas: @eurekka.me), como também mostra formas como podemos identificar e conversar com quem achamos que possa tender a uma atitude de tirar a própria vida.

Como identificar e ajudar?

Como bem dito pela Eurekka, pessoas que tendem o suicídio tomam pequenas atitudes que são sinais das próprias intenções. São frases indiretas, como “você estaria melhor sem mim” ou “eu não sirvo pra nada”. Atitudes de desconexão com locais ou hábitos que deixavam essa pessoa feliz, como aulas de dança ou sair com alguém que estava conhecendo. As despedidas também são comuns, como doar algum item de muito apreço ou ver amigos eram de épocas passadas.

Nessas três situações, comece a prestar muita atenção em quem as pratica e sempre ajude, no mínimo que precisar. Mais importante, sempre dialogue e seja direto, não tenha medo de mostrar a sua preocupação com as possíveis atitudes da pessoa. Mas tenha empatia e seja carinhoso, como já dito, é um momento de muito vulnerabilidade.

Você não está sozinho

Se você estiver passando por um momento de grande dor psicológica, lembre que você não está sozinho. Em um momento crítico, entre em contato com o Centro de Valorização a Vida (CVV) que atende gratuitamente, presencialmente em um dos postos de atendimento. O CVV atende, também, 24 horas por dia via chat pelo site, e-mail ou pelo telefone 188. Para se informar sobre, acesse: https://www.cvv.org.br/

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